Adolescentes da comunidade Real Parque têm desenvolvido protagonismo juvenil a partir do trabalho do CREN na região. Com o projeto “Eu Aprendi, Eu ensinei”, o CREN atua no combate à desnutrição, sensibilizando jovens e suas redes sobre a importância da alimentação saudável.
Protagonismo juvenil
Trabalhando com um grupo de 11 jovens da comunidade, a equipe do CREN tem proposto a crescente atuação dos adolescentes como personagens principais de iniciativas e projetos. A atual fase é o desenvolvimento de oficinas. No Real Parque, as ações têm acontecido no CCA Nossa Senhora da Providência, uma das instituições parceiras do CREN no local.
Eu aprendi, eu ensinei
No primeiro encontro dessa etapa, os adolescentes se debruçaram no tema da alimentação em uma atividade para cerca de 50 crianças de 6 a 8 anos. Foi exibido um trecho do filme “Ratatouille” e os jovens apresentaram alimentos que são ingredientes do prato francês. O ratatouille é um assado de legumes com especiarias. As crianças desenharam seus alimentos preferidos.
No segundo encontro, os jovens fizeram uma oficina culinária e prepararam o ratatouille para 50 famílias do CCA. Cerca de 70 pessoas participaram. Elizabeth Feffermann, educadora social do projeto avaliou muito positivamente o desempenho dos jovens. “Eles nos surpreenderam com a boa desenvoltura ao lidar com os pequenos e gostaram muito da interação na cozinha. Sugeriram haver mais atividades desse tipo. ”
A próxima oficina já está programada e focará nas implicações do consumo excessivo de sal, açúcar e gordura. Alimentos ricos nesses ingredientes são os principais elementos para uma dieta pouco nutritiva e determinantes para a obesidade.
Engajamento
Segundo a nutricionista do projeto, Laís Araújo, umas das mudanças de comportamento percebida pelos próprios educadores do centro comunitário foi “o engajamento de jovens que até então se mostravam retraídos em atividades coletivas”.
Uma das etapas preliminares das oficinas foi a criação, pelos jovens, do nome da equipe de trabalho, que no caso foi “Mini-CREN”. Foram produzidas camisetas com o nome desenvolvido pelos adolescentes. “Esse processo é importante para a construção da identidade do grupo”, esclarece Elizabeth.
A participação construtiva dessas pessoas na sociedade proporciona mais autonomia e autoconfiança aos jovens, aspectos fundamentais para a identidade dos jovens, especialmente em ambientes de maior vulnerabilidade social, como as comunidades. Não é à toa que uma das garotas disse que “passou a se sentir mais importante” ao ser protagonista das oficinas.
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