“A educação alimentar e nutricional (EAN) deve ser um processo de troca de saberes”. Foi assim que Gisela Solymos, gerente geral do CREN, Centro de Recuperação e Educação Nutricional, abordou o tema da EAN durante o VI Seminário Integração Serviço-Pesquisa-Política Pública, que aconteceu na última sexta-feira (06/05) em Santos, no litoral paulista.
Educação nutricional
Realizado em parceria com a Unifesp, Universidade Federal de São Paulo, e o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, IEA-USP, o Seminário reuniu as principais referências no ramo da nutrição no Brasil. Gisela enfatizou que para o êxito desse processo de crescimento conjunto, os profissionais devem se envolver com os pacientes de forma aberta, providos de uma inteligência capaz de lidar com situações e realidades diferentes do seu cotidiano, a exemplo do que o CREN tem feito em seus 22 anos de história. “É preciso dar liberdade para as famílias e crianças mostrarem o que é valor para elas e só a partir daí trabalhar com essa realidade. ”
A professora Elisabetta Recine, do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição da Universidade de Brasília, abriu sua fala com uma pergunta que demonstra a relevância do tema para os dias de hoje. “Por que se alimentar ficou tão complexo?” A pesquisadora aprofundou a necessidade de os profissionais da área tratarem a nutrição de forma comportamental, focando no modo de vida das pessoas, e não exclusivamente no ato de comer. Elisabetta relatou a experiência da rede virtual Ideias na Mesa, uma plataforma que converge diversas informações para especialistas da área.
A professora titular da Unifesp Ana Lydia Sawaya, co-fundadora do CREN, afirmou em suas conclusões finais que a educação nutricional pede uma reflexão mais ampla do que se tem feito. “Não é possível falar de educação nutricional de uma forma sustentável e ampla sem aprofundar o tema da Educação como um todo. Ou passamos a analisar a educação nutricional dentro desse contexto ou os avanços ficarão comprometidos. ”